domingo, 2 de maio de 2010

Conclusões dos resultados dos inquéritos às turmas do 12ºano do curso de CTecn da Escola Secundária Professor José Augusto Lucas (Linda-a-Velha)

Conclusões dos Inquéritos ao 12º A

5ª Pergunta: Para ti, quais são os desportos que se englobam nos processos de reabilitação/terapia?

Nesta questão, e referindo apenas o sexo masculino, a maior parte dos inquiridos respondeu correctamente natação e equitação. Outros apresentaram respostas erradas, como por exemplo, massagens, musculação e corrida, pois massagens e musculação não são desportos e no caso da corrida traz ao paciente um esforço físico demasiado intenso.
Por parte do sexo feminino, o número dos inquiridos a responder correctamente natação e equitação foi bastante superior ao do sexo oposto. Os poucos que erraram responderam “todos os desportos” e basquetebol. Todos os desportos é obvio que está errado, no caso do basquetebol, tal como na corrida, este traz ao paciente um esforço físico com uma grande intensidade.

6ª Pergunta: Dos desportos a seguir referidos assiná-la (X), quais os que NÃO fazem parte dos Jogos Paralímpicos.
Opções: Natação, Futebol, Atletismo, Boccia, Golfe, Ginástica, Ténis, Goalball, Equitação e Basquetebol.

As respostas a esta questão por parte dos inquiridos demonstraram uma certa falta de conhecimento acerca dos desportos que fazem parte dos Jogos Paralímpicos. Por um lado, no sexo masculino, ninguém apresentou a resposta totalmente certa, por outro lado, no sexo feminino apenas 7% acertaram totalmente à questão. Destes resultados podemos concluir que o interesse acerca desta vertente do desporto é quase inexistente, talvez pelo facto da comunicação social a pouco divulgar. Já todos nós assistimos a jogos que dão na televisão dos nossos atletas nacionais em provas dos mais variados eventos de alta categoria como os Jogos Olímpicos mas poucos de nós tiveram a oportunidade de observar actividades de atletas paralímpicos.

7ª Pergunta: Achas que a nossa sociedade está preparada para acolher pessoas portadoras de deficiências?

Entre os dois sexos as respostas foram praticamente opostas. A maioria dos rapazes respondeu que a sociedade estava preparada para acolher pessoas portadoras de deficiências. Do lado do sexo feminino as respostas foram contrárias, pois a maioria respondeu que a sociedade não estava preparada. Nesta questão as respostas e opiniões podem divergir bastante, porque em alguns aspectos a sociedade até está preparada, mas noutros não, como por exemplo, nas acessibilidades em alguns locais. O apelo que fazemos a estes resultados é o de que a sociedade precisa de se consciencializar acerca desta realidade e dessa consciencialização tomar atitudes correctas contra a discriminação e o preconceito, pois todos estamos sujeitos a adquirir qualquer limitação física ou psicológica nas mais variadas circunstâncias da vida, que é tão frágil. E para além dessa alteração de civismo, quanto mais cedo se começar a pensar em todos, mais cedo nos aproximaremos da igualdade de oportunidades, em que esperemos que haja acessos a todas as pessoas.

8ª Pergunta: Se não, o que achas que é necessário melhorar/mudar?

As respostas que obtivemos nesta pergunta vão de acordo com as opiniões e observações do grupo. A crítica à falta de acessibilidades, à discriminação existente e ao insuficiente ensino especializado, vão de acordo com a realidade em que a nossa sociedade se encontra. Nem tudo é mau, mas é verdade que se pode melhorar alguns aspectos de máxima importância para o quotidiano destas pessoas.

9ª Pergunta: De que forma é que o desporto pode ajudar as pessoas com deficiência a ultrapassar as dificuldades que lhes surgem? Exemplifica.

Nesta questão, as respostas e exemplos apresentados são, de facto, os mais importantes para as pessoas com deficiência poderem ultrapassar dificuldades que lhes surgem. Os alunos do 12ºA estão conscientes da importância do desporto na vida das pessoas com deficiência, pois dos diversos exemplos que deram, referiram que a prática desportiva auxiliava o deficiente a integrar-se socialmente, a alcançar uma maior auto-estima e a desenvolver capacidades motoras e mentais.




Conclusões dos Inquéritos ao 12ºB

5ª Pergunta: Para ti, quais são os desportos que se englobam nos processos de reabilitação/terapia?

Em relação a esta 5ª pergunta, os inquiridos pertencentes ao sexo masculino referiram três desportos: a natação, a equitação e o basquetebol. Do sexo feminino, as opiniões são muito divergentes: há um grande predomínio para a natação e de resto são indicados alguns desportos paralímpicos, tais como a boccia e o atletismo, que não são os mais indicados para fins terapêuticos. Há ainda quem tenha como resposta, fisioterapia, que nunca esperámos que nos aparecesse pelo simples facto de não ser um desporto. O futebol e a ginástica não fazem sequer parte de desportos paraolímpicos (apenas o futebol de 5). A natação acabou por ter uma maior votação, pelo que reconhecemos ser o desporto mais divulgado, não só em termos de terapia, mas até para a manutenção da condição física das pessoas. Assim, por senso comum, esta não suscitava grandes dúvidas. A equitação é também um desporto muito importante, nomeadamente em crianças com deficiências mentais e era, por isso, uma das respostas que esperávamos. Quanto ao basquetebol, apesar de ter a sua componente prática no basquetebol de cadeira de rodas, não se engloba nos processos de reabilitação/terapia por exigir um grande esforço em alguém que está a recuperar de uma lesão.

6ª Pergunta: Dos desportos a seguir referidos assiná-la (X), quais os que NÃO fazem parte dos Jogos Paralímpicos.

Nesta questão, deparámo-nos, mais uma vez, com resultados bastante negativos no sentido em que a maioria respondeu de forma errada. No sexo masculino, a percentagem de respostas certas foi de apenas 33% e no sexo feminino foi nula. Não há margens para dúvidas de que, exceptuando casos muito específicos, as pessoas não estão informadas sobre a prática desportiva de pessoas deficientes.

7ª Pergunta: Achas que a nossa sociedade está preparada para acolher pessoas portadoras de deficiências?

Em ambos os sexos, a maior parte dos inquiridos considera que a sociedade não está preparada para acolher pessoas portadoras de deficiências. Não podemos considerar que esteja totalmente certo, pois já conseguimos notar em alguns espaços públicos que houve progressos e avanços nas acessibilidades, apesar de também acharmos que ainda se pode fazer mais. Quando falamos no facto da sociedade estar preparada, também nos referimos às atitudes para com estas pessoas, que não sendo mais especiais que as outras, merecem os mesmos direitos civis e respeito.

8ª Pergunta: Se não, o que achas que é necessário melhorar/mudar?

Da grande percentagem que respondeu que não considerava que a sociedade estivesse preparada para acolher pessoas portadoras de deficiência, são da opinião de que é necessário um grande apoio por parte das câmaras municipais e juntas de freguesia na construção de infra-estruturas com acessibilidades próprias para estas pessoas e também nas ruas, em que os passeios continuam a ser um grande obstáculo.

9ª Pergunta: De que forma é que o desporto pode ajudar as pessoas com deficiência a ultrapassar as dificuldades que lhes surgem? Exemplifica.

Mais uma vez, também os alunos do 12ºB estão conscientes da importância do desporto na vida das pessoas com limitações, em que os seus exemplos sintetizam as nossas conclusões.




Conclusões dos Inquéritos ao 12ºC

5ª Pergunta: Para ti, quais são os desportos que se englobam nos processos de reabilitação/terapia?

A natação teve, mais uma vez, uma grande votação nesta pergunta. Segue-lhe a equitação com mais predomínio. As restantes modalidades que foram seleccionadas pelos inquiridos de ambos os sexos, nomeadamente, o atletismo, a hidroginástica e a yoga, não poderão fazer parte dos desportos com fins terapêuticos pois exigem um esforço intenso por parte dos seus intervenientes. A musculação foi também uma hipótese de resposta e à qual não é costume considerar-se um desporto. Mas apesar disso, o rapaz que respondeu esta vertente desportiva, está correcto no sentido em que para a recuperação, já num estado mais avançado, é essencial a musculação nos casos em os pacientes terão que fortalecer os músculos que perderam com a inactividade para, assim, prevenirem novas lesões e prosseguirem a sua prática desportiva sem restrições de saúde.

6ª Pergunta: Dos desportos a seguir referidos assiná-la (X), quais os que NÃO fazem parte dos Jogos Paralímpicos.

As percentagens nestas respostas foram equitativas em ambos os sexos. Tanto no feminino como no masculino, 9% dos alunos do 12ºC acertaram e os restantes 91% erraram. Estes resultados dirigem-nos para as mesmas conclusões que as das turmas anteriores: a sociedade não está a par das competições do desporto adaptado, por seguir o estereótipo de que é uma prática desportiva de menos valor e pela comunicação social não se envolver em divulgá-la, esta por talvez considerar que não terá o mesmo impacto nas audiências.

7ª Pergunta: Achas que a nossa sociedade está preparada para acolher pessoas portadoras de deficiências?

Do sexo masculino, 64% dos inquiridos respondeu que estava. Do sexo feminino, houve 9% que não respondeu e 55% que achava que a sociedade estava preparada, o que equivale praticamente às percentagens dos rapazes, pois se somarmos 9 a 55 dá 64. Com estas respostas podemos concluir que o que está visível a todos é que a sociedade portuguesa tem condições físicas e sociais para o bem-estar destas pessoas. Por um lado, sabemos que em muitos casos, visíveis, salientamos, os espaços estão bem equipados e estruturados de forma a facilitar o quotidiano de pessoas deficientes, mas no campo das relações sociais, é-nos muito difícil avaliar se estamos preparados ou não, pois não sentimos como os próprios deficientes o sentem.

8ª Pergunta: Se não, o que achas que é necessário melhorar/mudar?

A comprovar as nossas conclusões da resposta anterior, esta, por sua vez, transmite-nos a ideia de que ainda é preciso melhorar as condições físicas de certos locais, porque dos que responderam que a nossa sociedade não estava preparada para acolher pessoas portadoras de deficiência, todos referiram a falta de condições nas acessibilidades.

9ª Pergunta: De que forma é que o desporto pode ajudar as pessoas com deficiência a ultrapassar as dificuldades que lhes surgem? Exemplifica.

Como é do senso comum ou até por experiência própria, principalmente quando se trata de jovens, em que estes estão muito ligados à prática desportiva, sabemos desde já que o desporto é bastante importante na criação de laços sociais e do crescimento pessoal. As respostas a esta questão não fugiram à regra, pelo que os inquiridos da turma do 12ºC partilharam das mesmas opiniões.






terça-feira, 9 de março de 2010

DESPORTO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Desde longa data, que as atitudes face à problemática deficiência apresentam variações. Nos tempos mais antigos, as pessoas com deficiência eram marcados como “diferentes”, do ponto de vista morfológico ou funcional, e eram alvo de comportamentos desumanos e desrespeitadores da sua integridade moral. Hoje em dia, salvo algumas excepções, existem movimentos de apoio que originaram um conjunto de normas e políticas educativas e reabilitativas a favor da sua inclusão na sociedade.
A “Declaração Universal dos Direitos Humanos” referencia “o direito de todas as pessoas, sem qualquer distinção, ao casamento, à propriedade, a igual acesso aos serviços públicos, á segurança social e à efectivação dos direitos económicos, sociais e culturais”, que foi reconhecido, respeitando e protegendo a diversidade humana. Ao ser globalmente aceite como um valor humano fundamental, originou o aparecimento da “Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência”.
Estes princípios de igualdade abriram caminho ao tratamento idêntico a todas as pessoas e o seu não cumprimento constitui um acto de discriminação.
Anteriormente referi que existiam excepções, pois não podemos considerar que a legislação e as políticas que promovem a igualdade consigam rectificar as desigualdades existentes. Nesta perspectiva, há quem afirme que a verdadeira igualdade nunca será alcançada através deste tratamento de igualdade para todos, esperando que as pessoas “diferentes” se adaptem unilateralmente às normas e padrões da auto-proclamada “corrente dominante”. Por isso, volta a afirmar que a verdadeira igualdade “implica que ambas as partes, pessoa com e sem deficiência, envidem esforços para colmatar a distância que as mantém separadas”. Para a verdadeira inclusão social deste grupo de indivíduos, o desporto é uma forma privilegiada de comunicação de diferentes culturas, sociedades e ideais, em que o seu desenvolvimento promove a igualdade de oportunidades. Esta que conduziu à criação e aprovação, por parte dos Estados, de políticas legislativas e orientadoras para a participação dos indivíduos com deficiência no âmbito desportivo, pois a partir do momento em que o acesso à prática desportiva se torna um direito de todos os cidadãos, independentemente da sua condição, os indivíduos deficientes beneficiam dessa mesma prática.
Sem me desviar do assunto principal, o desporto é muito importante para a vida de uma pessoa deficiente pois abrange vários estágios evolutivos:

® Desporto como terapia: estimula em termos anátomo-fisiológicos os pacientes com deficiência;
® Valor psicológico do desporto: permite ao individuo com deficiência demonstrar a si próprio – e à sociedade – que a sua condição não é sinónimo de invalidez;
® Normalização: contribui para que a (re)integração do indivíduo com deficiência na comunidade;
® Motivação para a prática desportiva: é talvez o aspecto mais importante para a obtenção de boas perfomances (ao estar motivado para a prática desportiva, o valor terapêutico, psicológico e o conceito de normalização estão implícitos).

O desporto para deficientes surgiu com o objectivo de recuperar física, psíquica e socialmente os indivíduos traumatizados vértebro-medulares provenientes da 1ª e 2ª Guerras Mundiais. Apesar de um indivíduo com deficiência ser aquele que apresenta incapacidade ou deformação de carácter definitivo ou de grande duração, a qual afecta as suas faculdades físicas, mentais ou fisiológicas, convertendo-o num indivíduo inapto para se dedicar a actividades desportivas em condições normais, isso, não invalida a expressões do desporto adaptado no seu carácter competitivo, organizado, institucionalizado e regulamentado.

A partir da “Carta Europeia do Desporto para Todos”: que estipula que “todo o indivíduo tem direito à prática desportiva” pelo que os seus efeitos são de 4 ordens:
® Fisiológicos: exploração dos limites articulares, controlo do movimento voluntário, melhoria da aptidão física geral e da saúde;
® Psicológicos: domínio do gesto que conduz a um aumento de autoconfiança, redução da ansiedade e melhoria da comunicação;
® Sociais: contribuição para o desenvolvimento da autonomia e da reintegração social;
® Terapêuticos: como complemento da terapia física e exercício curativo.

No caso de pessoas em cadeira de rodas encontramos outros benefícios:
® Favorece a autonomia locomotora na cadeira de rodas;
® Aperfeiçoa a técnica de manejo da cadeira de rodas;
® Estimula as funções de tronco e dos membros superiores;
® Promove a iniciação e o aperfeiçoamento desportivo em cadeira de rodas.

O desporto é, assim, “um meio óptimo para retirar a pessoa com deficiência da sua inactividade e fraca iniciativa, permitindo assim a sua melhor integração social”.
Relativamente aos seus níveis, para os jovens, o desporto é uma forma de aceitação da relação com os outros, assim como de maximização das suas potencialidades; nos adultos é, fundamentalmente, ocupação de tempos livres e manutenção da condição física e bem-estar; ao nível da competição, poderá contribuir para a abertura de novas perspectivas/horizontes, bem como, tornar-se num excelente veículo de reconhecimento social.


Este documento é fruto de uma análise de um estudo feito a praticantes de Basquetebol em cadeira de rodas, em que o tema era “deficiência e sociedade”. Respeitando os direitos de autor, queremos desde já salientar que ao analisarmos esse estudo, o achámos muito pertinente para a sua divulgação no nosso blogue de uma forma mais sintetizada.

"“Deficiente” é aquele que não consegue modificar a sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino."

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Entrevista a Filomena Franco, Atleta Remo Paralímpico

Somos estudantes do 12º ano da Escola Secundária de Linda-a-Velha, residentes e atletas do Centro de Alto Rendimento do Jamor. No âmbito da disciplina de Área de Projecto estamos a desenvolver um trabalho cujo tema é “Desporto e Educação”. Dentro deste tema abordaremos alguns subtemas, tais como: “Desporto como Terapia” e “Jogos Paralímpicos”. O nosso fisioterapeuta, Nuno Ferreira, informou-nos do seu caso e gostaríamos de saber se está disposta a colaborar connosco dando-nos o seu testemunho para o nosso trabalho. Preparámos uma entrevista, mas se alguma pergunta ferir a sua susceptibilidade, não é obrigada a responder.

Nome e idade: Filomena Maria Rosa Esteves Franco – Idade 34 anos

Ao longo da sua vida sempre esteve ligada ao desporto? Se sim, a qual ou quais?
Não, ao longo da minha vida nem sempre tive ligada ao desporto apesar de sempre gostar de qualquer desporto.

Que idade tinha quando sofreu o acidente?
Tinha 18 anos.

Em que condições é que o acidente ocorreu?
Estava a trabalhar, num supermercado quando estava a carregar o elevador com vasilhame , a porta abriu, a caixa do elevador não estava e cai no buraco do elevador de costas.

O que mudou na sua vida desde esse acidente?
Mudou tudo… tive que apreender a viver novamente, como se renascesse. Apreendi a viver, a dar mais valor à vida, acima de tudo sei que a vida não acabou numa cadeira de rodas.

Que limitações encontrou na sua vida diária?
Os passeios que ainda continuam a ser uma dor de cabeça quando me deparo diariamente com a via pública, onde a maioria dos passeios estão cheios de carros e de buracos. As calçadas portuguesas que tão bonitas são, que para nós se torna uma limitação na vida diária é uma barreira que não têm fim.

Acha que a nossa sociedade está preparada para acolher pessoas portadoras de deficiência?
Não sem dúvida alguma, os acessos os olhares dos outros, por vezes temos que ser fortes para não desistirmos, a sociedade ainda não é sensível às pessoas diferentes.

Tem tido o apoio de familiares, amigos e até por parte de instituições? Esse apoio tem sido muito importante?
A minha família tem sido sim um apoio muito importante se tenho a força que tenho é graças a eles, os amigos são fundamentais para que consiga sorrir e lutar pelos meus sonhos.

Esses apoios têm contribuído para superar as suas limitações?
A minha força tem superado as minhas limitações, e sem dúvida que as supero, sozinha ou com as ajudas dos que amo.

Sabemos que actualmente pratica remo. Qual foi a sensação que teve pela primeira vez, após o acidente, em praticar este tipo de desporto?
Não existem palavras que consiga descrever o que senti naquele momento, quando me sentei no barco, a sensação foi de liberdade de paixão, posso dizer que o remo é o meu verdadeiro amor.

Que influência, tanto física como psíquica, acha que o desporto tem na vida das pessoas? De que modo ajuda a superar as contrariedades da vida?
O desporto é a minha psicologia, a minha fisioterapia a minha vida com isto digo tudo.

Soubemos que foi aos Jogos Paralímpicos, o seu desempenho foi uma boa experiência? Que outras competições gostaria de salientar, que tenham sido importantes para a sua realização pessoal?
O meu desempenho nos jogos, foi sem dúvida uma experiencia extraordinária, dei sempre o meu melhor e acima de tudo ficam memórias para toda a vida. Apreendi a nadar depois do meu acidente, entrei em algumas competições claro que para a minha realização pessoal foi importante (realizei um desafio que quando andava pensei várias vezes em realizá-lo).

Tem algum sonho, alguma ambição, que queira realizar no desporto ou na vida?
Sim a vida é feita de sonhos… tento realizá-los… vencer no remo ir aos próximos jogos Londres 2012 já estou a trabalhar para isso, dedico a minha vida a este sonho… trazer a medalha de ouro para Portugal é essa a minha grande ambição. Ser Feliz!!!

Para finalizar, que mensagem gostaria de passar a todos os desportistas portugueses?
Nunca desistirem de serem felizes, o sonho comanda a vida…

Agradecemos por se ter disponibilizado a ajudar-nos. Desejamos-lhe muito sucesso no desporto e na vida.

Obrigada. Espero que vos ajude no vosso trabalho.




terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência - 3 de Dezembro

Em virtude do dia Internacional da Pessoa com Deficiência, decidimos elaborar uns cartazes para posterior exposição no polivalente da nossa escola, Escola Secundária Professor José Augusto Lucas.
Devido à indisponibilidade do espaço em questão, não foi possível a sua realização, ficando agendada para a semana das Ciências, dias 19, 20 e 21 de Maio.

Em anexo deixamo-vos os referidos cartazes.

http://rapidshare.com/files/334134025/exposi____o-jogos_paralimpicos.pptx.html
http://rapidshare.com/files/334134837/Modalidades_Paralimpicas.pptx.html

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Porquê um Blog?

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, ao fim de algumas pesquisas e aulas em discussão, o grupo chegou a um consenso do qual foi escolhido o tema “Desporto e Educação”. Este porque, sendo nós atletas do Centro de Alto Rendimento do Jamor estamos intimamente ligados. Mas mesmo por isso, por já ser um tema nosso conhecido, quisemos desviar-nos para o interessante impacto que o desporto pode ter na vida das pessoas de forma a poder integrá-las na nossa sociedade. Referimo-nos aos casos de pessoas portadoras de deficiência ou de pessoas problemáticas, em que os preconceitos e os estereótipos, infelizmente, ainda impedem a sua participação nas actividades e a sua inclusão na sociedade.

Com este blog pretendemos consciencializar as pessoas de que o desporto é uma forma previlegiada de alcançar a igualdade de oportunidades e o bem-estar de todos.